Woodstock foi um daqueles raros momentos que marcam para sempre toda uma geração, mudança comportamentos. Quem estava lá, não esquece. Foi uma época de experimentação, de cores fortes e de música - boa e alta.
Agosto de 1969: o mundo nunca mais se esqueceria daqueles três dias.
O festival de Woodstock reuniu a geração psicodélica, da paz e do amor livre, das drogas alucinógenas. Quase meio milhão de jovens sujos de lama, molhados pela chuva, acampados.
Um protesto no estilo hippie contra a Guerra do Vietnã.
No palco, as lendas do rock and roll. O festival que entrou para a história não aconteceu em Woodstock.
A população da cidade temia que a multidão provocasse estragos. A escolha dos jovens organizadores foi uma fazenda em Bethel, um local pacato a quase três horas de distância do lugar original.
Um monumento marca o local exato onde aconteceu o festival de Woodstock, onde estão registradas todas as bandas que tocaram nos três dias.
Por ser tudo aberto, o som era ouvido até por quem nem enxergava o palco, a muitos quilômetros de lá.
Hoje toda a memória do festival está guardada no Museu de Bethelwoods. Ele é o arquivo daquele verão, no fim de uma década histórica.
A televisão já tinha mostrado o homem pisando na Lua pela primeira vez. Mas os cabeludos que abominavam a guerra, que protestavam pela paz embalados pelo rock and roll, também chocaram o mundo.Está tudo registrado em fotos, vídeos e lembranças.
Michelle diz que, aos 17 anos, nunca tinha visto pessoas nuas andando para todo lado como viu em Woodstock. Mas se acostumou logo e nunca se esqueceu de como todos dividiam comida, cobertores, abrigo.
O ex-policial confirma que aconteceu de tudo, menos violência. Ele conta que era um dos tentavam, sem sucesso, desviar o trânsito e desafogar as estradas engarrafadas. Não viu o show, mas, sem saber, fez parte da história.O diretor do museu mostra um pedaço da cerca original, quebrada pela multidão que invadiu a fazenda e entrou sem pagar.O museu conseguiu recuperar dois tipos de transporte que foram usados para chegar a Woodstock: um fusca pintado com o slogan da época, "Faça amor, não faça a guerra"- e um ônibus escolar, totalmente psicodélico, que as comunidades hippies usavam para viajar.
Muitos deles serviram de casa e abrigo da chuva durante os três dias de festival. Embarcar no ônibus é um convite para conhecer detalhes sobre tudo que aconteceu em Woodstock.
Depois daquele verão o espaço sideral ficou mais perto, a Guerra do Vietnã acabou, mas surgiram outras. O mundo perdeu um pouco da cor.
"Infelizmente quem nasceu depois de Woodstock talvez não entenda o valor da geração que pregou a paz e o amor, mesmo que o mundo não tenha aprendido toda a lição!"