É curioso constatar que praticamente todas as grandes culturas possuem no seu folclore referências a estes seres, os Daimones na Grécia, os Daemons Latinos, os Devas Hindus, os Daevas Avesta, os Div Persas, os Hozyan da Rússia, os Madan Tamil, os Shedim Hebreus, os Anjos do Cristianismo, os Afrit Árabes, os Drug Zoroastrianos, etc.
Se na antiguidade estes seres eram reais para todas as civilizações do mundo, o que poderá ter-se alterado de lá para cá como hipótese para explicar o facto de a maior parte das pessoas considerarem estas entidades como pura ficção?
O que me ocorre primeiro, talvez também a vocês seja a ciência, ou seja, a evolução da ciência mostrou que tais seres são meras fábulas. Mas alguma vez a ciência, em qualquer dos ramos que se considere como ciência, levou a cabo algum teste que chegasse a uma conclusão que estes seres não existem? Não me recordo de nenhum e nem de nenhuma conclusão. Se admitirmos que a ciência no seu aspecto material nestes povos não estava tão desenvolvida como actualmente e eles mesmo assim assumiam como reais estas entidades, podemos concluir a grosso modo que não foi pela evolução da ciência.
Assumindo desde já a realidade de tais seres, aponto como provável impedimento de um contacto consciente, no seu aspecto mais subtil, dois motivos: a evolução humana, que temporariamente nos tornou menos sensíveis a realidades subtis e os bloqueios que nós mesmos colocamos a esses mesmos contactos.
Dentro do campo dos bloqueios, que nos impedem de estar pré-dispostos a estas experiências está o nosso já antigo, e principalmente a partir do Sec. XV d.C., pensamento Aristotélico que nos leva a negar tudo, a não ser que a ciência o comprove. Outro impedimento, principalmente ocidental, se bem que com a globalização se tenha tornado praticamente mundial, é a concepção da estrutura do Cosmos. Muito resumidamente, para as grandes culturas da antiguidade o Cosmos físico era somente o aspecto material, sólido, denso, físico, de realidades mais subtis e aquilo que consideramos como inteligência, por exemplo, não seria um produto do cérebro físico, mas sim o cérebro físico teria evoluído e evolui de forma a que a inteligência se manifeste no mundo físico, o mesmo se aplicando às emoções, sentimentos, etc.
Estes planos mais subtis de existência possuem estados de vibrações, ou energias, como queiram chamar que os nossos aparelhos científicos, na sua maior parte, não conseguem fixar o suficiente para “fotografar” e assim obter uma imagem dessa realidade. Como se fotografa um pensamento, ou uma imagem produto da imaginação? Vejam a dimensão do complexo científico do CERN na Suiça, ou do novo acelerador de partículas para se conseguir estudar determinadas partículas que ainda pertencem à realidade física.
No entanto, nós possuímos a capacidade, em muitos de nós ainda latente, de estabelecer contactos conscientes com estas realidades sem auxílio de qualquer aparelho. Mas, mais uma vez pelos
bloqueios que nós nos impomos, conhecemos muito pouco acerca de quem somos e somos os primeiros a desprezar o nosso tão especial Ser, daí que desconheçamos por completo os sentidos que temos latentes. Sentidos estes que a evolução irá um dia despertar assim como um dia despertou o sentido do olfacto, mas se as condições forem favoráveis, por vontade própria, esses mesmos sentidos podem aos poucos ir despertando. Mas não é este o assunto deste post.
Escrevamos um pouco acerca dos elementais e para isso vou transcrever umas passagens do Glossário Teosófico que pessoalmente achei interessantes.
Elementais É um termo genérico para todos os seres num estado de evolução abaixo do mineral. No entanto, os reinos, mineral, vegetal e animal podem estar sob influência de determinadas famílias de elementais, num estado evolutivo mais avançado. Um Elemental, desta forma, é um ser que entrou no plano mais baixo do nosso, ou de outro, universo.
Existem três reinos de elementais abaixo do reino mineral…
Existem quatro grandes classes reconhecidas de elementais, que os místicos medievais europeus chamavam de gnomos, ondinas, silfos e salamandras – elementais respectivamente da terra, água, ar e fogo. Estes elementais não habitam e nascem unicamente do respectivo elemento, mas na realidade são o mesmo elemento. De um ponto de vista são simples forças da natureza, instrumentos de inteligências superiores…
…Eles existem em todo o lado: no ar que respiramos, na comida que comemos, em todos os tecidos de natureza física. Através do seu intermédio realizamos toda a nossa actividade física e mental.
…Os elementais não são somente o corpo da natureza, quando agindo em conjunto e usados por inteligências superiores tornam-se nas forças ou energias da natureza, tal como electricidade, magnetismo, luz, vitalidade, etc…
…Podem ser descritos como centros de força possuindo desejos instintivos mas não possuindo consciência como nós a compreendemos. Assim, os seus actos podem ser classificados de acordo com o que nós humanos chamamos de bem e de mal, indiferentemente. Eles possuem formas astrais que participam, a um grau distinto, do elemento ao qual eles pertencem e também do éter universal abrangente. Eles são uma combinação de matéria sublime e uma mente pura rudimentar. Alguns mantêm-se durante vários ciclos relativamente inalterados…
Outros, de certos elementos e espécies, alteram-se de acordo com uma lei fixa que os Cabalistas explicam. A parte mais sólida dos seus corpos é normalmente o suficiente imaterial para escapar à percepção dos nossos sentidos físicos, mas não o insubstancial que não possa ser perfeitamente reconhecido pela “visão interior” ou clarividência. Eles não vivem e existem somente no éter, mas podem tomar e dirigir a produção de fenómenos físicos…
…Eles podem assumir a aparência que desejarem imediatamente, isto é causado pelo facto deles utilizarem como modelos as imagens que encontram estampadas na memória de uma pessoa ou pessoas que se encontrem presentes. Não é necessário que essa pessoa esteja a pensar nesse especifico momento: a imagem pode ter sido esquecida há muitos anos atrás…impossibilitado de inventar alguma coisa ou produzir algo por ele mesmo, o elemental automaticamente reflecte as impressões estampadas na memória do ser humano até mesmo as mais profundas…
O elemental trará à luz recordações à muito esquecidas do passado: formas, imagens, até mesmo cenas familiares, à muito desvanecidas da memória, mas vividamente preservadas nos registos astrais do imperecível livro da vida. Os elementais são muito imitadores, não tendo ainda desenvolvido desejo ou inteligência por eles mesmos que conscientemente possam usar, assim, tendem automaticamente a copiar formas em todos os reinos mais elevados. Assim sendo, assumem várias formas ou corpos, alguns dos mais avançados assumindo uma aparência quase humana.
De alguns elementais diz-se que são amigos, de outros, pouco amigos, para os humanos, não que essa atitude seja intencional, mas simplesmente porque a espécie humana está num determinado patamar de evolução que é afectada de uma maneira ou da outra por eles. Também, diferentes pessoas possuem na sua constituição a predominância de determinado elemento sobre outro, tornam-se assim mais sensitivas aos elementais do seu elemento predominante.”
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